arquiteturas anfíbias – marajó

O GTP Marajó, do eixo temático Modos de Habitar/ Arquiteturas Anfíbias, tem como foco as construções que se relacionam intensamente com os ciclos das águas, sobretudo em palafitas, no arquipélago do Marajó, estado do Pará. No seu âmbito, têm sido pensados projetos para a renovação arquitetônica de escolas locais, segundo princípios de baixo impacto ao meio ambiente e com base na nova proposta pedagógica de ensino básico implementada pela Secretaria de Educação do município de Chaves, e projetos para ampliação e recomposição ecológica das localidades ribeirinhas (maneira como as aglomerações urbanas são ali chamadas). As propostas desenvolvidas no GTP se estruturam mediante viagens de alunos e arquitetos como suporte técnico-científico e se desdobram em estudos arquitetônicos, pesquisas, eventos e manuais de construção.

O GTP discute, ademais, o espaço da educação em lugares remotos e de difícil acesso, em um ambiente de natureza exuberante e de vulnerabilidade social, com a expectativa de uma atuação consistente dos arquitetos e baseada em ações e investigações propositivas que espelham e mobilizam a realidade local. Para dar insumos a Políticas Públicas locais, o grupo também analisa a cartografia existente, a partir da qual produz interpretações e propostas na escala regional, com ênfase em uma visão integrada e ecológica para o sistema de escolas e outros edifícios e programas do município.

A pesquisa no GTP Marajó se dedica à produção de conhecimento para o ensino e prática da arquitetura, a partir: 1- do bioma específico do Marajó, 2- da análise das culturas originais e históricas na ocupação da Amazônia, em uma perspectiva decolonial, 3- dos processos construtivos em tal contexto e 4- de ações interdisciplinares e transformadoras, com reflexo na formação do arquiteto.

Editores: Noelia Monteiro e Eduardo Amaral