A viagem/oficina “Arquitetura Anfíbias espaço da Cultura no Marajó”, realizada no mês de Julho de 2018, ação combinada da Plataforma habita-cidade e curso de Pós-graduação Habitação e Cidade, da Associação Escola da Cidade, junto com a Prefeitura Municipal de Chaves, no Marajó, PA, representa uma consolidação da aproximação entre as instituições envolvidas, no âmbito de um acordo que une a capacidade de avançar com pesquisas e desenvolver saberes associados à transformação antrópica da paisagem, prerrogativa da Escola da Cidade Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, mantida pela Associação Escola da Cidade, e o Poder Público em um município da Amazônia, bioma que representa um grande desafio para a perspectiva de um projeto humano brasileiro que possa deixar para trás a série de equívocos a que se tem submetido nos últimos tempos a maior extensão tropical florestada do planeta.
O material produzido a partir da Oficina-Viagem que contou com aulas preparatórias na Escola da Cidade, em São Paulo, e viagem à Foz do Rio Amazonas iniciada em Macapá e com vivências em algumas localidades do arquipélago do Marajó, é o resultado de reflexões (textos, desenhos individuais e coletivos a partir de dinâmicas integradoras, fotografias) que se debruçam sobre condições ali presentes e investigações propositivas para os espaços públicos de Chaves, sede do município de mesmo nome, localizado no norte do arquipélago marajoara.
A convocação inicial daquela Oficina-viagem foi a de se pensar sobre os espaços da Cultura no Marajó (a partir de demandas do município de Chaves, com o qual a Associação Escola da Cidade firmou termo de cooperação) – na medida em que amadureceu a compreensão sobre as realidades presentes na anfíbia condição da região marajoara, saltou à vista uma relação intrínseca entre Cultura, paisagem, natureza e cotidiano. A investigação sobre possibilidades para os espaços da Cultura, assim, foi entendida como referente aos espaços públicos e livres de forma geral. A escala amazônica se descortinou e passou a balizar os movimentos.
Organizado de maneira a permitir futuras investigações sobre possibilidades para a região marajoara, na esperança de que possa servir de insumo e contribuição para fomentar ações condizentes com a grandeza e riqueza ali percebidas, o material está publicado digitalmente na página da Plataforma habita-cidade, promotora da Oficina-Viagem e que opera sob a Associação Escola da Cidade.